APG-RJ | Associação Profissional dos Geólogos do Estado do Rio de Janeiro

MEIO SÉCULO NA LUTA PELA GEOLOGIA

1 de maio de 2018

Rio de Janeiro, 1º de maio de 2018

O 1º de Maio surgiu no final do século XIX como uma jornada de lutas pelas 8 horas de trabalho. No Brasil, desde o início do século XX, quando a classe operária urbana começou a se fortalecer e a construir seus sindicatos, a data era “comemorada” com uma paralisação geral e em grandes manifestações de rua. O 1º de Maio, portanto, não era um feriado, mas um dia de lutas. Visando domesticar essa jornada de lutas, Artur Bernardes decretou a data feriado nacional no dia 28 de setembro de 1924. Mas o verdadeiro significado do 1º de Maio foi deturpado ao máximo durante o Estado Novo varguista, quando a data passou a ser uma festa, onde o povo era um mero convidado.

Mais uma vez a APG-RJ vem a público, afirmando que hoje não temos nada a comemorar. Quem celebra diariamente são aqueles que engendraram o golpe de 2016 e que, desde então, levam a toque de caixa as reformas anti-povo, a entrega do Pré-Sal, as privatizações, a destruição do ensino público, gratuito e de qualidade.

Após entregar a preço vil campos de petróleo, subsidiárias da Petrobras, fábricas de fertilizantes, Pedro Parente, o “exterminador de futuro”, pretende passar a iniciativa privada seis refinarias, destruindo em menos de dois anos as conquistas de seis décadas.

Vimos, uma semana antes do 1º de Maio, a MP 808 que alterava (não muito…) pontos polêmicos da reforma trabalhista aprovada em novembro passado, caducar por não ter sido votada pelo Congresso. A total falta de empenho do governo Temer era esperada e, assim, ficou valendo o texto original da reforma, especialmente no que se refere ao trabalhador intermitente, trabalho de grávidas em ambientes insalubres, jornada de 12x36h, cláusula de exclusividade de autônomos e indenizações.

Nossa categoria tem visto com grande revolta editais de concurso para geólogos com salários aviltantes. No edital lançado pela Prefeitura de Gov. Celso Ramos (SC), o salário oferecido para 30h semanais era de R$ 2.000,00. A Prefeitura de Itatiaia (RJ) foi ainda mais longe, propondo salário de R$ 1.658,41 para 40 horas semanais! Trata-se de uma situação ultrajante para nossa categoria, que se vê desvalorizada em todos os níveis, durante uma fase de desemprego generalizado.

Continuamos na luta em defesa das nossas instituições de Geologia. Temos expressado nossa revolta ao ver órgãos da importância do DRM-RJ e da Fundação GEO-RIO sendo vilipendiados por direções omissas e comprometidas com aqueles que vêm destruindo nosso Estado e Município.

A Associação Profissional dos Geólogos do Estado do Rio de Janeiro (APG-RJ), com mais de meio século de lutas pela categoria e pela Geologia nacional, vem novamente protestar contra todas as medidas anti-povo lançadas por governos sem qualquer compromisso com um projeto de país, de estado e de município.

Em defesa das instituições públicas de Geologia do nosso Estado! Contra a entrega do Pré-Sal! Viva o Primeiro de Maio e as lutas sociais!

1demaio1-1024x694
Fonte da imagem: Sindados-BA

Colabore com a APG-RJ. Se ainda não é sócio, ou ainda não quitou a anuidade 2018, preencha o Formulário de Atualização Cadastral/Filiação.

Anuidades 2018 (clique no link abaixo):

Sócio Pleno (empregado ou aposentado) – R$ 80,00

Sócio atualmente desempregado ou pós-graduando – R$ 40,00

Sócio Estudante (graduação) – R$ 20,00

————————————————————————-