APG-RJ | Associação Profissional dos Geólogos do Estado do Rio de Janeiro

GEÓLOGAS/OS CONTRA AS REFORMAS

1 de maio de 2017

No dia 9 de julho de 1917, há 100 anos, foi morto pela polícia paulista o sapateiro José Martinez, deflagrando uma greve que se espalhou para o Rio de Janeiro e outras cidades. Foi a primeira grande greve brasileira, construída desde a base pelos/as trabalhadores/as, que já no início daquele século reivindicavam melhores salários, jornada de 8 horas, fim do trabalho infantil e licença maternidade. Essas e outras conquistas foram obtidas nas décadas seguintes através de muita luta.

Hoje, estamos na iminência do maior ataque aos direitos trabalhistas já visto em nossa história, perpetrado por um governo ilegítimo e afundado até o pescoço em episódios de corrupção. As reformas Trabalhista e da Previdência estão sendo empurradas pela nossa goela sem qualquer discussão, atendendo aos interesses daqueles que realmente governam o país, ou seja, os especuladores, financistas e latifundiários.

Aqui em nosso Estado, anos de isenções fiscais abusivas, incompetência, muita roubalheira, além de uma Copa do Mundo e uma Olimpíada, provocaram a maior crise econômica pela qual já passamos. Vemos a UERJ, uma das melhores universidades do país, ter a sua existência ameaçada pelo (des)governo Pezão, sob o argumento de que os gastos são muitos para mantê-la. Governador, educação, ciência e desenvolvimento tecnológico não são gastos, são investimentos em um futuro melhor!

O nosso Serviço Geológico Estadual, o Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ), está em processo avançado de sucateamento, esgotado pela falta de investimentos e o descaso de sucessivos governos. Funcionários mal remunerados e equipes reduzidas ameaçam a nossa população, pois os programas de prevenção de acidentes de encosta estão seriamente prejudicados.

No município, a Fundação GEO-RIO, que há mais de meio século atua na contenção de nossas encostas, vem sofrendo o mesmo tipo de ataque e seu enfraquecimento também ameaça a vida e os bens materiais de uma parcela significativa de nossa população que vive em áreas de risco geológico.

A Associação Profissional dos Geólogos do Rio de Janeiro (APG-RJ), nessa jornada de lutas, repudia veementemente as reformas anti-povo que tentam nos impingir e apoia firmemente o fortalecimento das instituições de Geologia de nossos Estado e Município.

Viva o Primeiro de Maio!

Viva a luta das trabalhadoras e dos trabalhadores!

Rio de Janeiro, 1º de maio de 2017